COLETIVA: ESPELHOS - REFLEXOS E REFLEXÕES
Horário de Funcionamento:
de segunda a sexta,das 10h30 às 19h e sábado das 11h às 16h
Exposição Coletiva com curadoria de Evangelina Seiler
Quando falamos em espelho, pensamos logo em Narciso e, no contexto da arte, no quadro de Michelangelo Caravaggio, no qual Narciso contempla a própria imagem no reflexo da água.
A palavra espelho – com seus conceitos – está presente em muitos saberes: no catolicismo, São Paulo diz que as criaturas são o espelho deDeus; o empirismo iluminista concebe o intelecto como espelho da natureza; para Hegel, o fluxo da realidade é um contínuo refletir de espelhos contrapostos em ângulos, e a dialética é o pensamento especulativo.
Mas qual é a função do espelho? Mostrar quem somos? As marcas do tempo? Onde estamos?
Em um primeiro momento, a imagem é percebida como se ocupasse lugar dentro do espelho, quando, em se tratando de espelhos, não existe dentro ou fora, apenas reflexo.
Com seus infinitos significados, o espelho também se faz presente nas mais diversas expressões do imaginário coletivo: nos contos infantis, como em “Alice no país das maravilhas”, de Lewis Carroll; na literatura brasileira, como no conto “O espelho: uma nova teoria da alma humana”, de Machado de Assis; no nome do jornal inglês The Daily Mirror; no filme A dança dos vampiros, de Roman Polanski; na MPB e nas crenças populares.
As diferentes situações dos espelhos nas obras selecionadas colocam em observação a atração exercida pela superfície espelhada e seus desvios que pervertem a direção inicial do olhar. Olhar que, ao acusar imagens,pode gerar reflexões no campo do imaginário e despertar os sentidos para diversas sensações, provocando imprevistos e incertezas.
A imagem refletida transcende o campo físico, se transformando e se deformando sob os diferentes olhares do observador. Quando transportado para o universo da arte, os reflexos da superfície espelhada podem desencadear questionamentos e associações sem limite.
Agradecimentos | Galeria Baró Cruz, Galeria Vermelho