ESTER GRINSPUM: AINDA INVISÍVEIS

A mostra dá sequência ao trabalho “Os invisíveis”, realizado pela artista em 2004, na Pinacoteca,e traz esculturas produzidas em vidro, ouro, prata e alumínio, além de obras em papel e prata. 

À esquerda, “O abraço que você me deu”,única obra da mostra batizada pela artista, e à direita, esfera em vidro e ouro.

A artista plástica Ester Grinspum apresenta, entre os dias 20 de junho e 1 de agosto, a exposição “Ainda Invisíveis”, na Galeria de Arte Marilia Razuk. A mostra é uma sequência do trabalho “Os Invisíveis”, realizado pela artista em 2004, na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

A exposição reúne desenhos e peças tridimensionais de formas e elementos variados e materiais que se apresentam em pares unificados. São quatro esculturas, de média dimensão, esféricas e semi-esféricas, produzidas em vidro e ouro, vidro e prata, vidro e alumínio e alumínio e prata, além de quatro trabalhos em papel rústico e prata.

As obras de Ainda Invisíveis “discutem o visível e o invisível, utilizando a transparência do vidro e a opacidade reflexiva do alumínio, e ainda a luz dos metais preciosos, como o ouro e a prata, presente também em inserções nos papéis”, explica a artista, que ao longo da carreira foi condensando e simplificando seu trabalho, sempre em buscada essência da obra.

“O mundo é aquilo que vemos e, contudo, precisamos aprender a vê-lo”. Com a citação do filósofo francês Maurice Merley-Ponty o crítico de arte e pesquisador Cauê Alves abre o texto de apresentação da mostra. “O que está visível e o que está invisível não são opostos, mas convivem, na verdade, um exige o outro, um sustenta o outro, ambos são indivisíveis”, diz o crítico, justificando o paradoxo suscitado pelas peças da artista (veja anexo o texto completo de Cauê Alves).

ESTER GRINSPUM – Nascida em Recife, Pernambuco, em 1955, a artista vive e trabalha emSão Paulo. Formada em arquitetura pela FAU - USP (Faculdade de Arquitetura eUrbanismo da Universidade de São Paulo), ela começou a expor em 1981, tendo recebido diversos prêmios nacionais.

Entre suas mostras individuais, estão as realizadas na Galerie Lil'Orsay Paris, França(1995), Paço Imperial (Do Lugar), Rio de Janeiro (1997), Fundação Casa do Brasil, Bruxelas, Bélgica (1998), e Pinacoteca do Estado de São Paulo (Retrospectiva), São Paulo (2004). Nas coletivas, destaque para Karmeliterkloster (A Espessura do Signo-Desenho Contemporâneo Brasileiro)Frankfurt – Alemanha (1994), OCA, Parque do Ibirapuera (MAM na Oca), São Paulo(1997), e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Atenção: Estratégias ParaPerceber a Arte), São Paulo (2009).