PAULO MONTEIRO
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Com uma linguagem original e própria, e uma criativa trajetória desenvolvida como pintor, desenhista e escultor, Paulo Monteiro apresenta de 26 de novembro a 23 de dezembro uma série de guaches recentes, resultado de suas últimas investigações.
A estréia de Paulo foi como pintor e os trabalhos realizados nos anos 80 procuravam se manter no limite entre abstração e figuração e, de certa forma, se relacionavam à produção neo expressionista alemã muito em voga na época. Em 1986 seu contato com Mira Schendel e José Resende mudou um tanto o modo de pensar a arte, o que o motivou a realizar esculturas e desenhos. Para Paulo começava a se fazer mais presente a vontade de fazer o mínimo em cada trabalho para que ele se parecesse com algo vivo.
Ao erguer uma chapa de ferro, Paulo colocava nisso certa energia e o que parecia necessário fazer era manter esta elevação ou equilíbrio, deixando aparente aquilo que mantinha esta posição. O mesmo passou a acontecer no desenho onde, com apenas um lápis causava a impressão de algo desenhado que ativava o branco e fazia aparecer a presença de uma figura meio viva e meio abstrata.
Os guaches mostrados nesta individual continuam o pensamento iniciado em 2003 com os desenhos e depois a xilogravura, porém agora eles têm cores fluorescentes e às vezes prateadas e douradas. Segundo Paulo “estes guaches procuram suprimir o conflito entre um espaço dividido (ou definido) e a linha que divide (ou define) esse mesmo espaço, eles são quase como desenhos com cores...”.