SEBA CALFUQUEO: A VOZ DO RIO
SEBA CALFUQUEO: A VOZ DO RIO
Texto Exposição: Jacopo Crivelli Visconti
ABERTURA
Quinta-feira, 23 de Novembro de 2023, das 17h - 21h
PERÍODO EXPOSITIVO
23 de Novembro - 02 de Fevereiro de 2024
HORÁRIO DE VISITAÇÃO
seg- sex, 11-19h / Sáb, 11h às 16h
Tel: +55 11 3079-0853
A Voz do Rio apresentará dois vídeos de performance de Seba Calfuqueo, TRAY TRAY KO, realizado em 2022, e Kowkülen, realizado em 2020. Ambos abordam questões ligadas à água privatizada no Chile, desde a ditadura de Pinochet até os dias atuais, e como isso tem impacto ambiental, político e territorial. Seba Calfuqueo também apresenta desenhos e cerâmicas realizados recentemente, que fazem referência a projetos extrativistas e usinas hidroelétricas que, além de provocarem impacto ambiental, desrespeitam as cosmovisões indígenas – que têm, por definição, o território como parte de seu próprio corpo.
Meu trabalho é realizado através de instalações, cerâmica, desenho, fotografia, performance e vídeo, com o objetivo de explorar tanto as semelhanças quanto as diferenças culturais, bem como os estereótipos que surgem no cruzamento de formas de pensamento indígenas e globais.” Seba Calfuqueo
A exposição individual A Voz do Rio acontecerá paralelamente à 22ª Bienal Sesc_Videobrasil | Especial 40 anos, com o tema “A Memória é Uma Ilha de Edição”, da qual Seba Calfuqueo fará parte.
Sobre Seba Calfuqueo
Seba Calfuqueo (Ela/Elu, Santiago, Chile, 1991). Artista visual e curadora, vive e trabalha em Santiago, Chile, é membro do coletivo Mapuche Rangiñtulewfu e da Revista Yene. Possui graduação e mestrado em Artes Visuais pela Universidade do Chile.
De origem Mapuche, seu trabalho recorre ao seu patrimônio cultural como ponto de partida para propor uma reflexão crítica sobre o status social, cultural e político do sujeito Mapuche na sociedade chilena contemporânea. Seu trabalho inclui instalações, cerâmicas, performances e vídeos, com o objetivo de explorar as semelhanças e diferenças culturais entre o cruzamento de formas de pensar indígenas e ocidentais, bem como seus estereótipos. Seu objetivo também é tornar visíveis as questões relacionadas ao feminismo e à teoria queer.
Seu trabalho faz parte de importantes coleções como Centre Pompidou (França), Museo MALBA (Argentina), Museo Thyssen-Bornemisza (Espanha), coleção KADIST (França), Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS,Brasil), Museo Nacional de Bellas Artes e MAC (Chile), entre outros. Participou da 34ª Bienal de São Paulo, 12ª Bienal do Mercosul e 22ª Bienal Paiz (Guatemala).
Seba Calfuqueo recebeu o Premio Municipalidad de Santiago em 2017 e o Prêmio Fundación FAVA em 2018. Em 2021, foi premiada com as bolsas Fractal, da Eyebeam, e, em 2023, pela Fundación Ama Amoedo, a FAARA.
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Seba Calfuqueo, Berta e Nicolasa contra a instalação de Ralco frente a Moneda (Palácio Presidencial), 2023
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Seba Calfuqueo, Cemitério indígena embaixo d’água até hoje na central Ralco, 2023
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Seba Calfuqueo, Mulheres Mapuche protestando contra a central Ralco, 2023
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Seba Calfuqueo, Nicolasa contra força policial e instalação da central Ralco, 2023
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Seba Calfuqueo, Nicolasa Quintreman em memória ao rio, 2023
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Seba Calfuqueo, Central Angostura, 2022
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Seba Calfuqueo, Central BeloMonte, 2022
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Seba Calfuqueo, Central Itapu, 2022
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Seba Calfuqueo, Central Pangue, 2022
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Seba Calfuqueo, Central Ralco, 2022
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Seba Calfuqueo, Kowkülen (Ser Líquido), 2020
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Seba Calfuqueo, TRAY TRAY KO, 2022