FABRICIO LOPEZ: CEROL

17 Agosto - 28 Setembro 2024
Apresentação

ABERTURA

Sábado, 17 de Agosto de 2024 - 11-17H

 

PERÍODO EXPOSITIVO

17 de Agosto - 28 de Setembro de 2024

 

SALA 2

Rua Jerônimo da Veiga, 62

 

HORÁRIO DE VISITAÇÃO

seg- sex, 10h30-19h / Sáb, 11h às 16h 

Tel: +55 11 3079-0853

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Obras
Press release

A Galeria Marília Razuk tem o prazer de apresentar a exposição Cerol, do artista Fabricio Lopez. A mostra que fica em cartaz de 17 de agosto a 28 de setembro de 2024, traz como título, o artificio usado para empinar pipa, uma lembrança afiada da infância de Fabricio. A mão, que já foi cortada pelo cerol, é a mesma que corta e cava a madeira na xilogravura.

 

Fabricio Lopez tem um trabalho expressivo dentro desta técnica, em sua trajetória, é constante a produção em grande formato e o caráter pictórico que as xilogravuras assumem na abordagem das camadas e das cores trabalhadas na impressão manual. Cerol apresenta uma antologia do trabalho recente do artista na qual apresenta xilogravuras em papel kozo, da série Budas da Várzea. Inspiradas na série, de 1939, Dois Bodhisattvas e Dez Grandes Discípulos de Buda Sakyamuni (Nibosatsu Shaka judai deshi) do mestre japonês Munakata Shikô, celebrando a fusão entre a tradição da xilo e a perspectiva contemporânea.

 

Munakata Shikō (1903-1975), renomado artista japonês, ficou conhecido sobretudo, por seu domínio da técnica da xilogravura, tal qual, Fabricio Lopez. O artista oriental combinava técnicas tradicionais da gravura com temas ligados ao zen-budismo. De acordo com sua filosofia de vida, a criação artística era a manifestação da força e da beleza da natureza, que já reside no próprio bloco de madeira usado na xilogravura. Nas obras de Fabricio Lopez, é possível enxergar a mesma presença da natureza. Traços figurativos nos sugerem rostos, cabeças, membros, elementos de um corpo que se assemelham a galhos, raízes e troncos, numa fusão harmoniosa entre natureza e indivíduo.

 

O processo de feitura de suas xilogravuras as torna únicas, uma vez que o artista utiliza diversas placas de madeira para criar uma trama de sobreposições em diferentes formatos na obra final. Seus Budas, inspirados na série de Munakata, sofrem uma intersecção entre si, novas criaturas surgem, ainda mais próximas à natureza.

 

Há também, na exposição, quatro xilogravuras em formatos maiores, e de acordo com o próprio Fabricio, são impressas a partir de matrizes perdidas. Cada imagem é o resultado da gravação e impressão sucessiva da mesma chapa de madeira sobre o mesmo papel até o limite físico da própria matriz. Os títulos, nos sugerem novas narrativas, Carcaça, Um sopro firme e gentil através do corte e Nós em duas estações (eu e ela). Seria uma série com inspiração mais pessoal de Fabricio? Assim como nas obras de Munakata? Cabe ao espectador decifrar, ao visitar Cerol a partir de 17 de agosto.

 

Sobre o artista

Fabricio Lopez (Santos, SP, 1977) mestre em poéticas visuais pela ECA – USP sob orientação de Claúdio Mubarac, é membro fundador da Associação Cultural Jatobá – AJA e do Atêlie Espaço Coringa, que entre1998 e 2009 produziu ações coletivas como: exposições, publicações, videos, aulas, intercâmbios e residências artísticas.

Participou de diversas exposições coletivas dentre elas: Gravure Extreme - Europália, Trilhas do Desejo - Rumos Itaú Cultural, X Bienal de Santos (1° prêmio), Novas Gravuras – Cité Internationale des Arts /Paris –FR, XIII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira – Portugal e Arte Contemporânea no Acervo Municipal – Centro Cultural S. Paulo. Participou do Encontro Panamericano de Xilogravura em Trois Riviérès, no Canadá, de residência como artista convidado do Atelier Engramme na cidade do Québec e no CRAC (Centro de Residências para Artistas Contemporâneos) em Valparaíso no Chile como prêmio do Programa Rumos Itaú Cultural.

Realizou exposições individuais no IFF - Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto (2019), Centro Universitário Maria Antonia, Sao Paulo (2013), na Estação Pinacoteca, Sao Paulo (2009) e no Centro Cultural São Paulo (2005), entre outros, integra os acervos públicos da Pinacoteca Municipal e do Estado de São Paulo, Casa do Olhar – Santo André, Secretaria Municipal de Cultura de Santos e do Ministério das Relações Exteriores com o 1o prêmio para obras em papel do programa de aquisições do Itamaraty.