HILAL SAMI HILAL: LUGAR DE PASSAGEM
HILAL SAMI HILAL
Lugar de Passagem
ABERTURA
Sábado, 05 de Novembro de 2022
PERÍODO EXPOSITIVO
05 de Novembro de 2022 - 31 de Janeiro de 2023
HORÁRIO DE VISITAÇÃO
seg- sex, 10h30-19h / Sáb, 11h às 16h
Tel: +55 11 3079-0853
Após completar 70 anos de vida, em julho passado, o artista Hilal Sami Hilal inaugura a exposição “Lugar de Passagem”, no próximo dia 5 de novembro, na Galeria Marília Razuk. A mostra compreende obras inéditas, realizadas a partir de 2020, com materiais e dimensões variadas (com papel, cobre, plástico, glicerina, nas escalas da mão e da arquitetura). Tal diversidade reflete a amplidão dos interesses e do campo de ação do artista, que, nesta produção, articula elementos da gravura, da escultura, da pintura, da instalação e da literatura. No conjunto, dois motivos predominam: molduras vazadas e espelhos cegos, peças que não entregam nem devolvem imagem ao observador. Os trabalhos, ao contrário, abrem um mistério a cada mirada, com opacidade e vazio que, de um lado, requerem atenção e, de outro, atacam a estabilidade do olhar.
A pesquisa com a corrosão do cobre através de ácidos e sais, de onde, além das formas e texturas, faz surgir tonalidades diversas, iniciou-se no principio da carreira do artista, que completa 70 neste ano, quando se envolveu com os processos da gravura em metal. Em paralelo, sua pesquisa desdobrou-se também em concreto e papel. Sua poética apresenta o cruzamento da tradição moderna ocidental e da antiga arte islâmica, deixando muito claro nestas duas séries, a idéia de fronteira com a gravura e com os múltiplos.
O artista capixaba, descendente de imigrantes sírios, trabalha com a questão da tensão por meio do choque entre materiais, sem deixar de apresentar a leveza característica de seus trabalhos, resgatada do fazer minucioso e paciente, de repetições perdidas em devaneios sem a ameaça ansiosa do tempo. Na sua obra, o vazio é também construção. Vazio que vem da ausência, da perda e da falta de um lugar.
Na sala 1 da galeria serão apresentadas as séries Monotipias, com aproximadamente 8 obras em papel em cobre oxidado, medindo 160 x 140 cm cada, ora mostradas isoladas, ora mostradas em dípticos ou polípticos. Na sala 2 estará a série “Molduras”, que mostrará cerca de 3 peças em cobre, medindo 210 x 160 cm cada. Esta série será apresentada de forma mais lúdica. Aproveitando a liberdade da linha, explorando tanto a verticalidade quanto a horizontalidade do espaço.
HILAL SAMI HILAL (1952, Vitória, ES) iniciou-se, nos anos 1970, no desenho e aquarela para depois decidir se aprofundar em técnicas japonesas de confecção do papel. Suas “rendas”, primeiramente confeccionadas com material exclusivo, criado com celulose retirada de trapos de algodão e misturada com pigmentos, resina e pó de ferro e de alumínio, e mais tarde em cobre, colocadas a curta distância da parede, beneficia-se das sombras projetadas, criando um rendilhado virtual. O artista está nas coleções da Pinacoteca de São Paulo e Museu de Arte do Rio – MAR; esteve no Panorama da Arte Brasileira, MAM/SP, em 1998. Em 2007/2008 uma grande exposição monográfica foi exposta no Museu da Vale, Vitória, Espírito Santo, com curadoria de Paulo Herkenhoff. Em 2010 apresentou a individual Atlas, no Museu Lasar Segall, em São Paulo.
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