ANA CALZAVARA: ALÉM DO HORIZONTE

18 Fevereiro - 26 Março 2022
Apresentação

ANA CALZAVARA

ALÉM DO HORIZONTE

 

TEXTO DE LUISA DUARTE

 

Abertura 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022, 19-22h 

 

Período Expositivo

de 18 de fevereiro à 26 de Março de 2022

 

Horário de Visitação

Seg- sex, 11h-18h / Sáb, 11h às 16h 

 

Tel: +55 11 3079-0853 

Whatsapp: + 55 11 96082-3111

contato@galeriamariliarazuk.com.br

 

Assista a conversa entre Ana Calzavara e Gabriel Pérez-Barreiro no link: bit.ly/3t3PSen

Em “Além do Horizonte”, Calzavara reúne pinturas, gravuras, xilogravuras e impressões digitais em que reflete sobre ideias como o desejo e impossibilidade

 

A ideia de uma natureza idílica, que convida à contemplação, em contraponto com um sistema de controle, um radar que tudo vê e inspeciona, permeiam as reflexões da nova mostra da artista Ana Calzavara. Trata-se de Além do Horizonte, individual que estreia em 18 de fevereiro na Galeria Marília Razuk, na qual a artista apresenta ao público um conjunto inédito de pinturas, impressões digitais de imagens manipuladas por ela mesma, gravuras impressas com jatos de tinta na madeira e cavadas a mão  e  xilogravuras.

 

Há trabalhos bastante relacionais, como Revoada (2021), pintura que traz pássaros voando. Ana desdobra a imagem em outras obras e é dessa forma que o sentido se completa: uma mesma imagem que se realiza em vários meios, mais ou matéricos que redundam em diferentes percepções. “Aquilo que na pintura é quase uma imagem romântica vai se diluindo nas impressões digitais”, explica a artista.

 

Ana Calzavara conjuga referências antagônicas e convida o visitante a experimentar o mesmo. O título da exposição alude à canção bastante conhecida de Roberto Carlos, Além do Horizonte, que traz o imaginário de uma natural intocável, de um lugar para ir e desfrutar do prazer de estar sozinho em meio a natureza. Simultaneamente, alude, também, ao Over The Horizon (Além do Horizonte),um sistema de radar de alta tecnologia que poucos países têm - o Brasil entre eles. Situado no extremo sul do país, em uma praia de difícil acesso e controlada pela Marinha Brasileira, o sistema pode detectar alvos a longas distâncias, geralmente centenas de milhares de quilômetros, para além do horizonte.

 

“Achei bonito esse contraponto de desejo e impossibilidade. E também é um sinônimo de situações que vivemos cotidianamente, sobretudo nesse momento de 'espera' do mundo e, mais ainda, do Brasil com as eleições presidenciais ao final deste ano. Mais que isso, traz uma reflexão da própria arte como experiência espessa, mais profunda”, reflete Ana Calzavara. A concepção do Além do Horizonte da artista é baseada, ainda, em leituras de obras dos autores Byung Chun-Han, Liv Strömquist e  Ben Lerner. 

 

Sobre a artista

 

Ana Calzavara nasceu em 1971 em Campinas, São Paulo. Seu trabalho desenvolve-se através de diferentes meios como a pintura, gravura, fotografia e mais recentemente, o vídeo. Embora expressões distintas,  elas propõem um diálogo entre si, e, não raro, resultam em obras híbridas. Essa característica de estados liminares, do ‘estar entre’, pode ser pensada não só pelo uso que faz das diferentes linguagens em seus trabalhos, mas também pelas resoluções formais e seu próprio eixo conceitual – a variedade em como aborda a paisagem revela um espaço que está sempre prestes a se desfazer e, mesmo quando há a presença ou o diálogo de outros meios como a fotografia, o que vemos, na verdade, é um processo de dissolução do referente.

 

É bacharel em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas (1992), pós-graduada em Pintura pela Byam Shaw School of Art, Londres (1998) e mestre e doutora em Poéticas Visuais pela Universidade de São Paulo (2012). Seu trabalho já foi exibido em exposições no Brasil e no exterior,  a exemplo das individuais na Casa da América Latina, Brasíia, DF (2018); no Museu da Imagem e do Som, São Paulo, SP (2006); na Casa da Dona Yayá, São Paulo, SP (2006) e no Centro Cultural São Paulo, São Paulo, SP (2000).

 

Também participou de mostras coletivas como Xilo: Corpo e Paisagem, no SESC Pinheiros, São Paulo, SP (2019); 4 artistas paulistas, Instituto Moreira Salles, Poços de Caldas, MG (2019); Zureta - International Contemporary Printed Art Exhibition and Symposium, Tóquio, Japão (2018); Ser, habitar e imaginar, Concrete Space, Miami; VIII Premio Arte Laguna, no Arsenale de Veneza, Itália (2014); 8th Biennale internationale d’estampe contemporaine de Trois-Rivière, Canadá (2013); PRINTED, no Pratt Institute, Nova York, EUA (2008); L’art roman vu du Brésil, Anzy-le-Duc, França (2006); National Printing Exhibition, Londres, Reino Unido (1998), entre outras.

 

Em 2017, lançou o livro Ana Calzavara – entremeios, uma publicação da  Editora da Universidade de São Paulo (Edusp) que reúne 20 anos de sua produção, entre pinturas, gravuras e fotografias.

 

Suas obras integram coleções de instituições como Museu do Douro, Portugal; Museu da Universidade de Tókio, Japão; Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS); Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS); Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR); Museu de Arte Contemporânea de Santo André, SP; Universidade de São Paulo (USP) e do Museu Olho Latino, Atibaia, SP. Atualmente a artista é representada pela Galeria Marília Razuk.

 

Informações para imprensa:

Ane Tavares | aneftavares@gmail.com | 11 98865-2580

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