MABE BETHÔNICO: BR 122: NOTÍCIAS DE VIAGENS À CAATINGA

3 Setembro - 5 Novembro 2016
Apresentação

Abertura:

03 de Setembro, sábado, 12h - 20h

 

Horário de Funcionamento:

de segunda a sexta, das 10h30 às 19h e sábado das 11h às 16h

BR 122: notícias de viagens à caatinga

 

“Estava na Suíça, percorrendo a caatinga brasileira num texto em francês; a distância geográfica somava-se aos contrastes de temperatura e à paisagem vista da janela, criando cenários imaginários. Eu trabalhava sobre a “floresta branca” brasileira, seca, plana, quente, e, lá fora, as montanhas de neve, ou o vento frio constante de Genebra. Eu buscava dias semelhantes, mas eles não coincidiam, quem sabe a mesma luz, um mesmo céu limpo..."O contato pela dissonância que guiou a busca e a releitura feitas pela artista Mabe Bethônico a partir da obra do geólogo Edgar Aubert de La Rüe (1901-1991), em sua expedição pela caatinga brasileira em 1953-54, é tema da mostra BR122: notícias de viagens à caatinga, que a galeria Marília Razuk abriu no dia 3 de setembro.

 

Em missão da Unesco, Aubert de La Rüe realizou uma expedição pela caatinga nos anos 1950, com a intenção de mapear suas riquezas minerais. Encontrou uma diversidade cultural caminhando por um Nordeste desigual, miserável e em período de seca. A experiência proporcionou ao geólogo a visão de um país dividido: um novo Brasil que se urbanizava, em contraponto com um velho Brasil de modos, valores e condições arcaicas. A viagem gerou o livro Brésil Aride - La vie dans la caatinga [Brasil Árido – A vida na caatinga], traduzido pela artista no livro “De como Mabe Bethônico percorreu a caatinga na Suíça (...)”, publicado pelas Edições Capacete-RJ em 2013.

 

Mabe Bethônico realizou o trabalho através da tradução do livro de Aubert de La Rüe, enquanto pesquisava os arquivos do geólogo, geógrafo e fotógrafo suíço doados ao Museu de Etnografia de Genebra antes de sua morte.

 

A exposição da artista, com curadoria de Ana Paula Cohen, na galeria Marilia Razuk, é um dos desdobramentos dessa pesquisa. O trabalho apresenta esse ‘personagem’ viajante que se debruçou sobre algumas questões da geografia física e humana de diferentes regiões do mundo: a mineração e o garimpo, os mercados de rua, modos de construção de cercas e casas, meios de transporte, bem como ilhas,ventos, vulcões. A exposição é um percurso pelos interesses do autor, enquanto se observa o reconhecimento de uma caatinga estranha e estrangeira vista pelo olhar do viajante, que a artista re significa no presente.

 

Informações para a Imprensa:

A4&Holofote / 11 3897-4122

 

Vistas