HILAL SAMI HILAL: NÓS OUTROS NÓS
Abertura:
21 de março, às 19h
Horário de funcionamento:
segunda a sexta-feira, das 10h30 às 19h/ sábado das 11h às 15h
A partir de 21 de Março, a galeria Marilia Razuk apresenta a exposição “Nós Outros Nós”, com trabalhos inéditos de Hilal Sami Hilal, feitos em cobre oxidado e em concreto, todos executados entre 2012 e 2013. Nesta mostra, que ocupará as duas salas da Galeria, o artista pretende criar um diálogo e uma tensão entre esses dois materiais tão distintos: o etéreo, a delicadeza e a fragilidade do cobre com a matéria bruta e sólida do concreto.
A pesquisa com a corrosão do cobre através de ácidos e sais, de onde, além das formas e texturas, faz surgir tonalidades diversas, iniciou-se no principio da carreira do artista, quando se envolveu com os processos da gravura em metal. Em paralelo, sua pesquisa desdobrou-se também no concreto. Sua poética apresenta o cruzamento da tradição moderna ocidental e da antiga arte islâmica, deixando muito claro nestas duas séries, a idéia de fronteira com a gravura e com os múltiplos.
O artista capixaba, descendente de imigrantes sírios, trabalha com a questão da tensão por meio do choque entre materiais, sem deixar de apresentar a leveza característica de seus trabalhos, resgatada do fazer minucioso e paciente, de repetições perdidas em devaneios sem a ameaça ansiosa do tempo. Na sua obra, o vazio é também construção. Vazio que vem da ausência, da perda e da falta de um lugar.
NaSala 1 serão apresentadas as séries Nomes e O passeio de Giacometi, com aproximadamente 10 placas em cobre oxidado, medindo 130 x 104 cm cada, ora mostradas isoladas, ora mostradas em dípticos ou polípticos. Na Sala 2 estará a série Novos Concretos, que mostrará cerca de 500 peças em concreto, medindo 20 x 20 x 9 cm cada . Esta série será apresentada de forma mais lúdica. Aproveitando a liberdade da linha, estes“cobogós” serão dispostos, explorando tanto a verticalidade quanto a horizontalidade do espaço.
Hilal Sami Hilal (1952,Vitória, ES) iniciou-se, nos anos 1970, no desenho e aquarela para depois decidir se aprofundar em técnicas japonesas de confecção do papel. Suas“rendas”, primeiramente confeccionadas com material exclusivo, criado com celulose retirada de trapos de algodão e misturada com pigmentos, resina e pó de ferro e de alumínio, e mais tarde em cobre, colocadas a curta distância da parede, beneficia-se das sombras projetadas, criando um rendilhado virtual. O artista esteve no Panorama da Arte Brasileira, MAM/SP, em 1998. Em 2007/2008 uma grande mostra de sua obra foi exposta no Museu da Vale, Vitória, Espírito Santo, com curadoria de Paulo Herkenhoff. Em 2010 apresentou a individual Atlas, no Museu Lasar Segall, em São Paulo.